sábado, 27 de novembro de 2010

As amizades

La vou eu deixar mais uma declaração aos amigos...é mais uma porque eles merecem!!

Há uns meses atrás arranquei para longe levando-vos no meu peito, com o medo de algum dia vos perder. Fomos mantendo contacto, apesar da distância.

A alguns não falava há meses, a outros, não falava há anos, mas no momento mais crítico da minha vida, que ainda não ultrapassei, vocês continuam cá, perto de mim, sempre com a vossa mão amiga para me apoiar e ajudar. As vossas palavras, mesmo que duras, têm-me ajudado bastante.

Após 3 meses de recuperação de uma asneira, cá estão vocês. Uns foram visitar-me assim que souberam que estava cá, outros não puderam, não faz mal. Todos vocês, sem excepção me ajudaram na minha recuperação. Se hoje estou recuperado a 90%, é com a vossa ajuda.

Já ando bem, já não tenho dores nem ao andar nem ao estar muito tempo em pé, já comecei a corrida. Alguns já viram que não perdi a minha agilidade. Isto foi possível graças ao vosso apoio, às vossas palavras amigas, aos vossos votos de recuperação rápida.

Alguns pensam que estou a ir depressa demais, outros já sabem e ja viram a minha "fisioterapia", e têm-me motivado.

Cada palavra vossa, cada sorriso vosso, cada gargalhada que partilhamos têm sido importantes.

Para além das feridas físicas que tive que sarar, há também dores sentimentais, as quais não tenho conseguido gerir bem, mas vocês continuam cá, bem presentes, a ajudar também a ajudar a passar esta fase. Não são as distâncias entre nós, nem os meses que não nos vemos que têm travado a nossa amizade nem os esforços de cada um.

Em princípio, amanhã acaba a minha estadia cá no Oeste para regressar a Terras Ribatejanas. Destas duas semanas levo apenas boas recordações, provas que a nossa amizade não foi vulnerável a vários tremores.

Graças a vocês tenho conseguido encerrar capítulos da minha vida que precisam de ser encerrados.

Todos nós somos donos e responsáveis das nossas acções, já assumi as minhas, como tendo sido as melhores para mim e para todos nós.

Com o meu afastamento, provaram-se várias coisas, descobriram-se outras.

Cada um de vocês tem estado aqui bem perto, tem-me dito o que quero e não quero ouvir.

A todos vós obrigado, pois se sou aquilo que sou hoje, não é só por acções minhas, mas também vossas.

Começa agora um novo capítulo na minha vida, A partir de hoje, não vale a pena pensar em quem não merece. Vamos mais é andar para frente, anda o caranguejo.

Beijos e abraços a vocês meus amigos, meus irmãos como vos costumo chamar ;-)


PS: La traduction dans quelques jours, car là, je vais faire un ro dodo ;-)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Meias Notícias

Hoje (30/09/10) foi-de dada a pior notícia que me podia ter sido dada desde o dia do acidente : “Ele nao pode mexer como fez aqui. Afinal o mal está acima da bacia”.

Que mal está acima da bacia? Nunca tive dores na coluna desde o acidente, apenas algum incómodo de estar sempre deitado de costas, então, que mal tenho na coluna? Será de ter dormido de barriga para baixo? Então e as supostas fracturas que tinha na bacia, o osso tem consolidado bem? Como está o estado da minha bacia?

Estas dúvidas não foram esclarecidas! A única resposta recebida foi “Não posso dar mais informações. Ele terá que aguardar a chapa e respectivo relatório da médica!!”

Após 5 semanas de cama, as notícias, embora não oficiais e recebidas por familiares que receberam por fonte interna do centro de exames, parece que não estou a ir tão bem ao sítio como se previa.

As palavras de ordem recebidas durante a minha hospitalização em França eram: 45 dias de cama, em decúbito simples (posição deitada), posição sentada no máximo a 45º, ou seja, durante 45 dias, ficas deitado, mal te podes sentar, não podes pôr de pé, não podes andar.

Durante 10 dias de hospitalização, fui seguido por uma fisioterapeuta do hospital que me indicou as posições que podia e não podia ter, os movimentos que podia e não podia fazer, explicou-me por alto a minha situação clínica e porque não fui operado. Curioso de nascença e interessado em perceber o que me estava a acontecer, porcurei na net mais informação sobre a minha situação.

Se fiz asneiras durante estas 5 semanas, fiz, rebolei na cama para chegar aos meus fins da mesma forma que rebolava no hospital para fazer os exames ou passar para a maca para os banhos; ia buscar coisas distantes mas sem nunca me pôr em pé e/ou prejudicar a minha bacia. As posições que realizei, fi-las com conhecimento de risco e “gerindo o meu corpo”, tal como no hospital me diziam que o geria bem.

Afinal, passados cerca de 38dias, Michel não está bem. Se Michel tinha que estar em decúbito simples, passou a ter que passar a permanecer decúbito dorsal! Posição aconselhada neste tipo de patologia. Mas já imaginaram o que é estar CONSTANTEMENTE sobre as costas?! Então, médicos especializados e competentes, num dos melhores hospitais franceses, diziam-me que podia fazer isto e aquilo, agora outros dizem “Pará com isto, não se pode fazer isto!”, mas não informam sobre o estado das fracturas!

Não quero descredibilizar este ou aquele, seja médico, enfermeiro, seja português ou francês, apenas gostaria de saber como está o meu estado, que façam como me fizeram há 5 semanas atrás, em que me disseram “Michel tens uma fractura estável da bacia, quebraste estas duas partes, uma intervenção cirúrgica não é necessária, mas terás que permanecer em posição deitada durante 45 dias. Se ao fim desses dias os teus ossos o permitirem, após verificação por raio X, então poderás começar a tua reabilitação, com fisioterapia progressiva!” Sempre que tive dúvidas, foram-me esclarecidas pelas pessoas qualificadas para isso. Se perguntasse a uma enfermeira, respondia-me que tinha que falar com a fisioterapeuta ou o médico, aproveitando assim a visita diária de manhã.

Tenho passado grande parte do meu tempo sozinho, fechado aqui neste quarto, tendo que lutar para não ir abaixo com a solidão e com o meu estado clínico, lutar para não fumar, lutar porque o destino foi severo comigo para me mostrar que o meu lugar era cá, perto dos amigos e da família. Não tem sido fácil, e menos é a partir de hoje.

O que tenho mais ouvido até hoje é “Não faças isso, não faças aquilo. O problema é teu, não meu.” Ontem e há dias, ouvi, respectivamente, “Vais fazer o raio X? Não tenho muita fé, pois mexes-te muito” e “Só pode estar bem com estas férias, não faz nada de nada, os outros é que fazem tudo!”. Ao chegar a Portugal também ouvi “(...) eles eram incompetentes! Monitores que sabem que só se podia fazer um de cada vez e eles fizeram os 8 juntos!...”

Mas será que estas pessoas têm as qualificações e informações suficientes para perceberem o que tenho, o que sei (modéstia à parte), e o que estou a sentir?! Dão-se ao trabalho de se lembrar, que apesar dos seus actos, as pessoas têm sentimentos?! E depois voltam passado umas horas ou dias passando com o pano por cima!! De referir que aquelas palavras vieram de familiares próximos...

Aquele Michel que todos vocês conhecem como irrequieto, que não consegue estar 5min na mesma posição na cadeira, aquele que até o dedo mindinho do pé tem que mexer, aquele que precisava de se mexer para estar bem, aquele que pratica desporto desde o 6 anos, aquele que decidiu dedicar a sua vida ao desporto e partilhar com os outros os benefícios da prática desportiva, ..., é este Michel que está deitado. É a este Michel que pedem para não mexer, é este que todos dias olha para as pernas e sabe que não as pode usar, é este que olha o bom tempo pela janela e não pode passear ou aproveitar dele, é este Michel que tem de esperar que lhe tragam a comida para comer, entre outras coisas.

As minhas fracturas têm recuperação total possível, na maioria dos casos, geralmente não há mazelas, em poucos meses estarei de novo como era antes, com os ossos recuperados a 100%. Pode demorar mais que o normal, cada um é como é, cada corpo reage de maneira diferente, depende das asneiras, mas enquanto não passa, enquanto não há dados oficiais e certos sobre o que se passa...la se vai sofrendo nalgumas alturas.

Longe de mim estar a vitimizar-me, tenho momentos de “blues” mas tento manter o que me característico: ALEGRIA, aquela força de luta!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

À Tous mes amis de France!!!

Après plusieurs semaines sans rien écrire ici, aujourd'hui je revient pour ceux avec qui j'si vécu les meilleurs moments de ma vie!

Ces dernières semaines ont été très bouleversantes pour moi!!

Si, il y a 6 mois en arrière je retrouvais sur Facebook des amis que je voyais pas il y a 11 ans, presque, je trouve drenièrement des amis que je voyais pas et dont je n'avais pas de nouvelles y a presque 16 ans!!! Depuis la fin de primaire. Ça peut nous mettre un beau coup de vieux, mais la vérité est que de moi nait une très grande joie de vous retrouver TOUS. Qu'on ne se voient pas il y a 11 ou 16 ans.

Tout les jours on entend parler de bienfaits et des mal-faits qu'Internet provoque.

De ma part, après vous avoir retrouvés et d'avoir de vos nouvelles, je suis très heureux de l'invention d'Internet.

Plus heureux encore est de savoir que vous aussi vous vous rappelez de moi et de mes frères.

Pour certaines d'entre-vous, de très bons souvenirs reviennent.

Je ne peux ni cacher ni compter à les larmes qui ont déjà coulées sur mes joues en vous revoyant, amis et amies!

À vivre au Portugal y a 11 ans, j'ai toujours dit à tout le monde que vous serez, VOUS TOUS, mes meilleurs amis de toujours, car c'est avec vous que j'ai partager les meilleurs moments de ma vie: mon enfance!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

À vous tous cette dédicace et mes plus profonds sentiments d'amitié!!

À la prochaine!!


Meus amigos Tugas, após tempos sem cá vir, volto para dedicar este post para amigos de infância que de quem já não tinha notícias há 11 anos.
convosco vivi e hei de viver momentos formidáveis, mas, e peço desculpa por isso, devo dedicar este post às pessoas com que vivi os melhores momentos da sua vida: a sua infância!

A todos vós um grande abraço com o carinho que sabem que tenho por vocês!